segunda-feira, 23 de abril de 2018

La Casa de Papel

Já muito se escreveu sobre a série mais falada do momento mas ainda poderá haver o que dizer e nunca é demais falar deste fenómeno :-).
Sim trata-se de um fenómeno muito à custa do empurrão da Netflix mas não podemos dizer que não é merecido.
Acabei de ver todos os episódios (atenção que poderá haver spoiler mais para baixo) e confesso que não me sentia tão envolvida numa série desde o Prison Break (temporada 1) ou Breaking Bad (quando resolvi ver, o que já foi um pouco tarde).
Esta Casa de Papel agarra desde o primeiro minuto e deixa-nos sempre, a cada episódio, com aquele bichinho de ver o que por aí vem.
Estamos a falar de uma série em espanhol (vejam o original porque vale mesmo a pena), lingua à qual não estamos habituados nas séries, pois o maior consumo que temos são as séries americanas e portanto estamos formatados para o inglês. Mas dá para perceber o bom que são os atores. Mas que bons que são. Todos sem excepção. Adoro o professor, aquela voz, aquela serenidade e aquele cérebro que pensou em tudo ao pormenor. É muito sedutor temos de admitir.
Pode parecer, num certo ponto, que o facto de estar tudo previsto já "irrita", ou seja, acontece qualquer coisa que invalida o plano...e pimba afinal o professor tinha previsto e está tudo controlado. Ao longo da série temos alguns momentos assim, mas em quase todos caímos sempre, porque achamos sempre que desta é que vai tudo por água abaixo, mas não e tudo se recompõe. Mas no fundo isto não é negativo, pois temos de pensar que um assalto planeado durante tantos anos tinha mesmo a obrigação de prever e antecipar todos os cenários.
Adorei também o Berlim. Um pouco psicopata e neurótico, mas acho que dentro desse seu mundo ele era uma personagem muito rica e que deu muito à série.
A inspetora é outra personagem muito rica e que fez toda a diferença. Li uma crítica que falava que esta era uma personagem "parva" e que no meio da crise não haveria margem para uma inspetora daquele "nível" decidir dar uma hipótese à sua vida pessoal e que na vida real nunca se iria envolver com ninguém enquanto resolvia o maior assalto da história. Mas eu não concordo. Acho que essa faceta dela, uma mulher frágil e desconfiada do amor e dos homens, faz dela uma mulher mais humana. Um misto de mulher de armas com mulher carente, que nos envolve e apaixona. Gostei muito dela e é sem dúvida, ao lado do professor, uma das minhas personagens favoritas.
No final, embora esteja tudo muito fechado e quase não parece haver margem para mais, fica a sensação de quero mais. Não quero que acabe. Quero saber o que vai acontecer com cada personagem agora que conseguiram sair. Precisamos de mais é verdade. Mas espero que não aconteça como no prison break por exemplo, da segunda temporada para a frente foi sempre a descer em termos de qualidade, de suspense, de enredo e até de interpretação dos atores. Às vezes mais vale não mexer no que já foi excelente. Mas vamos ver, fica a expectativa e a pressão sobre os escritores de uma das melhores séries da atualidade.

segunda-feira, 2 de abril de 2018

Bebé de 2 anos passa a Rapazinho!

Pois é, pais com filhos de 2 anos, nós também já lá chegamos.
Ouvir o pediatra a dizer, pronto papás agora o bebé já não é bebé e é preciso trata-lo como um rapazinho. Como?! Mas quando é que isso aconteceu?!
Imagino que seja esta a reação de todos os pais :D o nosso bebé afinal já não é assim tão bebé. E isso assusta. A rapidez com que tudo acontece é tanta que não nos permite assimilar.
Eu e o meu marido já tratavamos o nosso filho como um rapazinho desde sempre, ou seja, aquela coisa de "infantilizar" as crianças nunca tivemos. Sempre falamos com ele como falamos um com o outro. Não usamos diminutivos de palavras, não falamos "mal" nenhuma palavra, isto para que ele conseguisse sempre assimilar as palavras e os conceitos corretamente, embora, claro não os conseguisse dizer ainda bem quando os tentava pronunciar.
Nunca falamos como um "bebé". Nunca. Ele sempre nos ouviu falar normal e hoje em dia, com dois anos, fala muito bem tudo o que diz, há palavras que nem sei como diz tão bem :)
Mas mesmo assim, é sempre um choque quando nos dizem que o nosso bebé já não é bebé. Porque para nós ainda é tão bebé :D
Dois anos é tempo suficiente para o nosso filho ter personalidade, vontades próprias, fazer birras por tudo e por nada, parecer autónomo em quase tudo e saber mostrar exatamente qual o seu estado de espírito em cada situação.
Parece incrível mas é verdade, é mesmo isto, os nossos bebés crescem imensamente rápido e nós sentimos que estamos a ficar velhos rápido. Pudera!! Como poderia ser de outra forma?!
:-D
 

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

"H&M" e os "Mee too" desta vida

Estamos numa altura perigosa.
Uma altura em que não existe preconceito às claras mas sim disfarçado.
Uma altura em que parece que andamos todos preocupados com o próximo mas se calhar não é bem assim.
Uma altura em que se fazem movimentos e se aproveitam grandes eventos com extrema visibilidade para fazer discursos "inspiradores".
Uma altura em que se aponta o dedo primeiro e só depois se reflete.
Ontem apareceu-nos a notícia da H&M e da famosa camisola verde com a frase "o macaco mais fixe da selva" (em inglês) a ser vestida por uma criança de cor.
Todo um alarido pela questão racial envolvida e do preconceito que não existe existindo. Vi a camisola antes de saber da polémica e não me suscitou nenhum tipo de pensamento. Nenhum. E li um comentário de alguém que dizia "que camisola fixe para eu oferecer ao meu irmão; sem nunca reparar na cor de quem a vestia". Pois é isso mesmo. Porquê reparar? Em quê?
É por isso que estamos numa altura perigosa. Basta alguém levantar uma questão, por mínima que seja e o caldo está entornado. Nesta era da tecnologia não podemos dizer um "ai" no aconchego do nosso lar porque não sabemos onde ele pode ser ouvido ou onde ele pode ter efeitos colaterais.
Tenho medo do que nos estamos a tornar.
Não digo que a questão racial não exista. Existe, mas pelos vistos quem não é preconceituoso não a viu. Deve haver uma explicação para isso.
Andamos às voltas com as questões do assédio sexual que muitas atrizes decidiram revelar (e contra isso nada a dizer porque a verdade é o maior poder que se pode ter) e vemos discursos sobre o tema que na verdade nada trazem porque o problema não é agora saber-se a verdade. O problema está do lado de quem compactoou com esses actos. De quem sabia existir todo este cenário em Hollywood e nada fez. Vi e ouvi o discurso da Oprah. Não consegui ignorar porque ela é uma mulher envolvente e demasiado influente para não lhe dar o valor que tem. Mas logo a seguir ouvi um comentário que defendia não entender a Oprah neste caso, pois tendo tido o programa mais visto em todo o mundo e tendo liberdade de convidar quem ela quisesse para o mesmo programa, não tivesse dado voz a estas mulheres mais cedo. Teve 25 anos para o fazer e não o fez.
Não sei quem tem razão neste caso e não me compete discutir isso.
Mas estamos ou não numa altura perigosa em que na verdade o mais importante é o jogo de interesses e não o interesse mais importante?!
Um trocadilho que dá que pensar.

domingo, 31 de dezembro de 2017

Feliz Ano Novo!

Um Feliz 2018 é o que vos desejo. Que seja um ano de expectativas superadas e sobretudo que seja um ano cheio de amor. O amor faz com que tudo pareça mais belo, mais completo e mais feliz. Viva a mais um ano. Viva a nós! 

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Viver na sombra de alguém

Não sei se alguma vez se sentiram na sombra de alguém mas posso já adiantar que é um sentimento muito mau.
Estar na sombra de alguém quer dizer que tudo o que faças ou digas vai sempre ser colocado numa balança e vai ser pesado.
Vai ser analisado e comparado com os interesses/gostos ou necessidades de outro alguém.
Quer dizer que o que tu dizes não é o importante, o importante é se isso que tu dizes é aceite pelo outro alguém ou não o afeta.
É teres uma boa notícia para dar (ou pelo menos julgavas ser boa) e do outro lado haver um constrangimento e quase tristeza, porque essa boa notícia pode interferir com o outro alguém.
É teres de ficar tu triste porque não sabias de todos os contornos que pelos vistos tens de validar antes de tomares uma decisão para a TUA vida.
 
E é cansativo viver assim. Dar importância a quem te dá tão pouco e perder noites de sono com isso é duro.
Mas e deixar para lá e seguir em frente?
É difícil. Muito mesmo.
:-(
 

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

A Bimby

Vou falar da minha experência com a Bimby.
Eu tenho uma e por causa disso tenho uma opinião fundamentada no uso que lhe dou. Tenho lido vários comentários em relação à Bimby, uns a favor, muitos contra e alguns ainda divididos. Mas muitos bastante desagradáveis e quase de "vamos acabar com toda a gente que comprou uma Bimby" (exagerando claro).
Mas, é verdade que há quem diga que não vai dar 1000 euros por uma panela da sopa mas há também quem diga que a Bimby lhes mudou a vida.
Pois bem, eu não sou nem de uma opinião nem da outra.
Se uso mais a Bimby para fazer sopas do que o resto? Sim é verdade uso. Mas isso é porque prefiro pôr a sopa a fazer e ir tratar de outros assuntos, do que pôr a Bimby a fazer parte da comida e esperar para fazer o resto. Sim, a Bimby tem algumas limitações, não dá para fazer extamente aquilo que queremos, pela ordem que queremos, temos de obedecer às receitas e às vezes não dá jeito fazer como ela manda. Mas porque queremos que as refeições calhem bem. Porque se não quisessemos dava para fazer tudo e mais alguma coisa às três pancadas.
Mas, por exemplo, se queremos fazer um arroz com grelhados, só podemos fazer o arroz na Bimby. E nesse caso eu prefiro fazer a sopa na Bimby, o arroz por fora e ao mesmo tempo grelhar o que quer que seja. Ganhamos todos. Daí, no meu caso, o maior uso seja na sopa.
Mas agora vamos ver uma coisa. Imaginem alguém sem jeito particular para a cozinha (meu caso), sem gosto particular por cozinhar (meu caso) e sem imaginação para além do arroz com bife (meu caso), de repente apresentar na mesa um Bacalhau com Natas, ou um Arroz de Pato, ou um Gratinado de Bacalhau e Espinafres ou uma Massa à Bolonhesa??
Pois é, fazemos bonito. Deixamos os convidados de boca aberta e estômago quentinho. E o que queremos mais? Mais nada, isto basta para dizer sim senhor a Bimby é uma boa compra. Não vou dizer que mudou a minha vida, porque não mudou, mas facilitou. E só pelo motivo de ver o marido todo entretido a tentar fazer uma comidinha boa para nós já compensou por tudo!! :D
E agora dizem. Mas porquê a Bimby? Porque não um outro qualquer robot de cozinha que faz a mesma coisa mas é mais barato? E eu respondo...mas e porque não a Bimby?! É tão simples quanto isso. Eu sei que existem outros. Sei que fazem a mesma coisa (ou parecido vá). Mas eu preferi a Bimby. E como eu outros também preferiam. E quem não preferiu, certamente está igualmente satisfeito.
E se assim é qual é o problema mesmo?
Era isto :-)

sábado, 26 de agosto de 2017

Quando os Pais se tornam Avós

Nem sempre é fácil.
Os nossos pais têm uma opinião, uma vivência, uma experiência, que é em quase todos os casos muito diferente da nossa. Daí muitos vezes existirem alguns conflitos. Mas no que toca aos netos, os nossos pais são pessoas completamente diferentes do que foram para nós. E isso é bom e é mau.
É bom porque têm tempo para eles, para passear, para brincar, para tudo. E quando não têm arranjam.
Mas por outro lado é mau porque lhes permitem fazer tudo, dão-lhes a comer de tudo, deixam brincar a tudo...e parece que os perigos não existem. Os mesmos perigos dos quais eles nos queriam proteger no nosso tempo. E isso é complicado de gerir, nós não queremos chamar a atenção, mas também não queremos deixar passar tudo. O amor que os avós sentem é de tal forma enorme que eles não conseguem ver mais nada. É bom. Muito bom. Mas temos de estar atentos pelo bem de todos.
Mas uma coisa é certa, os avós são fundamentais para termos filhos felizes. Não tenho dúvidas disso. O meu menino é muito feliz e sei que os avós têm um papel importante nessa felicidade. Por isso, viva aos avós!!
E a vossa experiência como é? Também é assim?
:-)

Frase Linda!!

Adoro esta frase: Mamã já tiveste um sonho? Já. E agora? Agora ele está ao meu lado a fazer-me perguntas.